segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MINHAS TRADUÇÕES

HABILIDADE INTELECTUAL GERAL

Retrocedendo ao trabalho de Spearman (1927), uma distinção tem sido produzida entre as habilidades cognitivas específica e geral. Dois índices usados amplamente no desempenho generalizado da neurocognição têm sido aplicados em pesquisas sobre a esquizofrenia: mensuração do quociente geral de inteligência, ou QI (quociente de inteligência), e combinação dos escores ou perfis derivados das baterias de testes compreendendo múltiplos testes neurocognitivos. Embora ambos forneçam uma mensuração do funcionamento cognitivo global de um indivíduo, os resultados destas avaliações frequentemente não se sobrepõem de forma substancial. Tipicamente, baterias de testes neuropsicológicos foram usadas na avaliação de múltiplas habilidades cognitivas, tais como: memória, funções executivas, atenção, e estes incluem um forte componente de inovação nos requisitos de testagem. Testes de QI, por outro lado, possuem menos ênfase na habilidade específica e de inovação e maior ênfase na avaliação de habilidades cristalizadas (Bratti & Bilder, 2006).

Pacientes esquizofrênicos mostram uma substancial e muito grave disfunção generalizada (tabela 1). A disfunção generalizada no momento em que é indicada pelo QI parece ser de maior consistência do que a indicada por escores combinados neuropsicológicos (tabela 1). A disfunção no desempenho do QI é quase 50% maior do que aquela observada em ralação ao QI verbal (tabela 1). A disfunção na habilidade geral parece ser quase tão grave como a observada nas funções neuropsicológicas específicas, sugerindo que qualquer déficit neuropsicológico específico na esquizofrenia ocorre num contexto de segundo plano de uma disfunção intelectual geral muito grave. Outro interessante achado é a considerável discrepância entre as medidas consideradas como avaliação pré-morbida do funcionamento da inteligência depois do desenvolvimento da doença (tabela 1). Dados obtidos de estudos longitudinais sobre a inteligência de indivíduos durante a infância e adolescência que posteriormente desenvolveram esquizofrenia têm confirmado a presença consistente, ainda que muito leve, de disfunção intelectual durante a infância e a adolescência (M. Cannon et al. 2002; Jones et al. 1994. Reichenberg et al., 2002). Por isso, menores diferenças entre pacientes esquizofrênicos e grupo controle em tais testes podem refletir um aumento no déficit de desempenho geral na presença da doença (Heinrichs & Zakzanis, 1998)

ABRAHAM REICHENBERG e PHILIP D. HARVEY
em Disfunções Neuropsicológica da Esquizofrenia: Integração de Desempenho Baseado em Descobertas com Imagens Cerebrais (Neuropsychological Impairments in Schozophrenia: Integration of Performance-Based and Brain Imaging Findings) .
Psychological Bulletin (2007, vol. 133, n.º 5, 833-858)
American Psychological Association

LIVROS DA ÁREA DE NEUROCIÊNCIA LIDOS EM 2009/2010

* Psicologia da Percepção - R. H. DAY
* Os Sete Pecados da Memória - como a mente esquece e lembra - DANIEL L. SCHACTER
* Mentes Inquietas - TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade - ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA

LIVROS DE LITERATURA LIDOS EM 2009/2010

* Memórias do Subsolo - FIÓDOR DOSTOIÉVSKI

* Oráculos de Maio - ADÉLIA PRADO

* No Caminho de Swann - MARCEL PROUST

* Fantasma Sai de Cena - PHILIP ROTH

* Indignação - PHILIP ROTH

* Caim - SARAMAGO

* Recordações da Casa dos Mortos - FIÓDOR DOSTOIÉVSKI

* O Seminarista - RUBEM FONSECA

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